A Postura do Orador

A Postura do Orador

Não se acostume com a derrota, e assim você será vencedor, fazendo parte da caravana que segue a diante.
Uma das coisas que buscamos na oratória é convencer grupos. Mas como iremos convencer grupos, se não estivermos convencidos? Como iremos entusiasmar alguém a algo, se não estivermos entusiasmados? Como faremos alguém vibrar com uma ideia, se não vibrarmos antes, e se não tivermos entusiasmados a realizar em nossas próprias vidas aquilo que preconizamos para os outros?
Oratória vem dessa comunicação interna. Portanto, é necessário que você se esforce para falar claramente. Além disso, faz parte desse esforço, ter uma boa aparência, cuidar dos cabelos, do sorriso e da indumentária. Não há nada melhor nessa vida do que se sentir bem.
Aquele que dominar a comunicação, que souber se sair bem diante de uma câmera e que conseguir olhar nos olhos da assistência, possuirá a excelência das ferramentas que farão a completa diferença na hora de seu discurso.
O nosso objetivo principal é fazer de você uma pessoa cem por cento melhor, bastando que, para isso, você siga exatamente as orientações que vamos ensinar. Acredite, você alcançará resultados instantâneos.
O nosso curso de Oratória ensina a você diversas técnicas para alcançar o seu objetivo final, e, se você o fizer com empenho, estará, ao final, completamente transformado em seu modo de se comunicar e em sua aparência, porque nós vamos trabalhar desde os seus fios de cabelo, aos seus pés. Acredite: voz, postura e conteúdo farão a grande diferença.
Há pesquisas que mostram que as pessoas têm mais medo de falar em público do que da morte. Então, convido você a juntos, romper com este medo, e alcançar o sucesso almejado. Vamos fazer com que você saia da angústia de ter que falar em público, e descubra a alegria e o prazer de fazê-lo.
Hoje o nosso convite é para ensiná-lo a ter postura e elegância, desde o momento em que você for chamado pelo apresentador, até a finalização de seu discurso. E entenda, por ter postura, a aquisição do hábito de levantar os pés quando for chamado para caminhar até o local do discurso, isto é, não andar com os pés arrastados; de estar sempre com a coluna ereta; ter passos firmes, e, muito importante, se for subir degraus para alcançar a plataforma do discurso, concentrar-se no equilíbrio para, com elegância, subir sem tropeçar.
Algo muito importante que você deve observar também é que, quando você for convidado para ministrar uma palavra, não deve dar um pulo da cadeira imediatamente e sair correndo para o local o qual você está sendo chamado. Não faça isso! Nesse momento em que você é chamado, você viverá o interstício pessoal, no qual deve-se gerar uma expectativa.
Veja que quando o apresentador disser: “teremos a honra e o privilégio de trazer à tribuna um dos baluartes da comunicação, o senhor Crisóstomo” (…), ninguém sabe quem é Crisóstomo, e se não houver qualquer movimentação por parte dele, haverá grande expectativa por, mais ou menos, trinta segundos. Esse tempo servirá para que “Crisóstomo” respire fundo, ajeite sua camisa, sua gravata, e arrume rapidamente seu cabelo. É certo que se Crisóstomo (você) fizer dez respirações profundas nos minutos que antecedem a sua apresentação, estará dez vezes mais calmo posto que, uma das coisas que fazemos quando estamos muito nervosos, é não respirar, e o cérebro, sem oxigênio, não pensa.
Imagine só que com a ausência de oxigênio, sem conseguir pensar, e com excesso de nervosismo, derruba-se qualquer gladiador que irá subir à tribuna. Por isso, respire fundo, você vai estar preparado, e atenha-se, apenas, para a sequência do que você vai fazer. Então, chegue na tribuna, no lugar central, que é aquele lugar o qual todos podem lhe ver e você pode ver a todos.
É muito importante que ao terminar o discurso você tenha uma postura tão elegante quanto aquela que lhe levou à tribuna. Então você deve andar firme, categórico e entendendo que ali é um desfile. As pessoas querem ver uma pessoa vitoriosa, vistosa, dedicada, alguém que se preparou para estar ali naquele momento.
Observe os bons oradores e aprenda com eles, todos nós somos eternos aprendizes. Não há vergonha em aprender.
Desde que começamos a estudar, alguém ensina para nós, e nós vamos aprendendo. E, quando vamos amadurecendo na idade, não queremos mais aprender. Achamos que é vergonhoso aprender, que é vergonhoso imitar.
Quando eu era pequeno, e comecei a ser alfabetizado, minha mãe era professora e, portanto, não aceitava que a minha letra do alfabeto fosse um garrancho; então, ela me punha para fazer caligrafia. Caligrafia hoje é uma ciência, é uma arte. Devemos aprender a escrever uma letra como a letra de fato é, e não como queremos que ela seja. No mundo é mais ou menos assim; quanto mais você se aperfeiçoa, mais aquilo que você está aprendendo, se incorpora em você. É como aprender um novo idioma; é necessário humildade.
Você aprende, desde o início, as palavras mais simples como “olá”, ou “tchau” e, quando chega na sua língua portuguesa, você não quer aprender com aqueles que falam e se comunicam bem?! Por isso recomendo que você relembre as gravações de excelentes oradores como Cid Moreira, por exemplo, no sentido de aprender a pronúncia, aprender a pronunciar os verbos no infinitivo, e dando emoção à voz.
Em resumo, quando você for chamado para um discurso, ande firme, com elegância, chegue no lugar de honra e coloque-se lá como se você fosse o maior protagonista da vez. As pessoas verão o seu esforço, porque você demonstrará que estudou e se preparou para aquele momento, e, quando concluir, você deve voltar ao seu lugar de origem, e você deverá fazê-lo com a mesma importância, elegância e desenvoltura com a qual você foi à tribuna.
Grandes discursos perdem o sentido em virtude de um final fraco. Isso ocorre, justamente, quando o orador termina o discurso sem saber por que o fez. O mesmo ocorre com a postura. Se eu subo à tribuna com uma excelente postura e, ao concluir, banalizo minha postura, andando de forma incorreta, tropeçando, sentando-se em qualquer lugar, estarei falindo todo um processo por conta dessa desatenção. Então, muito importante é o início, mas, mais importante ainda é o término.
Por fim, quero dizer à você que, ouvir e não praticar não lhe dará o resultado que você almeja. Portanto, pratique as dicas que repassamos para você, pois elas valem ouro; foram estudadas e concatenadas observando os melhores oradores que já passaram pelo mundo, iniciando por Aristóteles, seguindo por Cícero, aquele que, ao ouvir de alguém que não seria nada por conta que o seu nome era feio, respondeu: “não é o nome que faz a pessoa, é a pessoa que faz o nome”.
Garanto que, se você praticar os ensinamentos, melhorará instantaneamente, e terá sucesso diante de qualquer auditório.

Orlando Júnior

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Leia também o artigo Falar com Fluência.

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